Portugal hoje comemorou o 37º aniversário da Revolução dos Cravos, simbolizando a queda da Ditadura Facista de Salazar, instarauda no país em maio de 1926. Ou seja, após 48 anos de salazarismo, resistentes antifacistas, integrantes do MFA (Movimento das Forças Armadas), composto em sua maioria por jovens capitães do exército português, iniciaram a Revolução dos Cravos, marcada por ser uma revolução sem disparo algum.
Para tomar às ruas e acuar o governo, o MFA utilizou um código cheio de lirismo e poesia. Exatamente às 00:20h de 25 de abril, a Rádio Renascença colocou no ar a música de Zeca Afonso “Grândola, vila morena”, cujas letras falavam em fraternidade, igualdade, e dum estranho lugar onde “O povo é quem mais ordena”.
Quando o dia amanheceu o Terreiro do Paço já estava ocupado sem ser dado um só tiro. Os lisboetas, espantados, começaram a se aproximar dos tanques e dos caminhões. Não sabiam bem do que se tratava. Que seria aquilo? As armas não apontavam contra eles mas sim contra os prédios do arcaico regime. A euforia da multidão então começou. As vendedoras de flores tiveram um gesto espontâneo e que deu nome a vitoriosa revolução: enfiavam cravos vermelhos na ponta dos fuzis.
O povo, endoidecido pela súbita lufada de liberdade, subia nos tanques e abraçava os soldados. Mulheres, crianças, velhos, todo mundo saiu de casa para celebrar aquele acontecimento extraordinário. A Lisboa dos tristes fados, naquele dia tornou-se a cidade mais alegre de toda a Europa.
Fonte bibliográfica: "A Construção da democracia em Portugal" de Kenneth Maxwell e "A Revolução dos Cravos" de Lincoln Secco.
Para tomar às ruas e acuar o governo, o MFA utilizou um código cheio de lirismo e poesia. Exatamente às 00:20h de 25 de abril, a Rádio Renascença colocou no ar a música de Zeca Afonso “Grândola, vila morena”, cujas letras falavam em fraternidade, igualdade, e dum estranho lugar onde “O povo é quem mais ordena”.
Quando o dia amanheceu o Terreiro do Paço já estava ocupado sem ser dado um só tiro. Os lisboetas, espantados, começaram a se aproximar dos tanques e dos caminhões. Não sabiam bem do que se tratava. Que seria aquilo? As armas não apontavam contra eles mas sim contra os prédios do arcaico regime. A euforia da multidão então começou. As vendedoras de flores tiveram um gesto espontâneo e que deu nome a vitoriosa revolução: enfiavam cravos vermelhos na ponta dos fuzis.
O povo, endoidecido pela súbita lufada de liberdade, subia nos tanques e abraçava os soldados. Mulheres, crianças, velhos, todo mundo saiu de casa para celebrar aquele acontecimento extraordinário. A Lisboa dos tristes fados, naquele dia tornou-se a cidade mais alegre de toda a Europa.
Fonte bibliográfica: "A Construção da democracia em Portugal" de Kenneth Maxwell e "A Revolução dos Cravos" de Lincoln Secco.
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