Depois de a OAB-PE repudiar as declarações nauseabundas do advogado Gil Teobaldo, hoje quem lança nota contra o pai do assassino confesso de Maristela Just é o Movimento Nacional de Direitos Humanos.

Segue a nota enviada ao blog.

Nota Oficial

Acompanhando de perto o julgamento de José Ramos Lopes Neto, acusado do assassinato de Maristela Just, o Movimento Nacional de Direitos Humanos vem através desta repudiar a atitude do acusado em não comparecer ao julgamento, mas também as declarações de seu pai, o advogado Gil Teobaldo.

Nos últimos quatro dias, o pai do acusado tem ocupado espaços na imprensa pernambucana para, além de ferir a dignidade da vítima, propagar seu machismo, fazer incitação da violência e apologia ao crime – especialmente quando afirmou (mais de uma vez) que o assassinato teria sido uma questão de honra, que – não tivesse matado Maristela, seu filho “não comeria mais à sua mesa”. A famigerada legítima defesa da honra é uma tese não aceita mais pelos tribunais brasileiros por ser incompatível com a Carta Cidadã de 1988 e com os compromissos internacionais em direitos humanos assumidos pelo Brasil.

No mesmo dia, o réu e seu advogado deixaram de comparecer ao tribunal, manobrando para o julgamento ser adiado para o próximo mês, Teobaldo voltou a desafiar a justiça e ainda aproveitou para destilar sua homofobia e seu preconceito, referindo especificamente a militantes feministas que têm acompanhado o caso. “Lésbica, viado, para mim é um lote de cabra safado”, disse o advogado.

Diante desses fatos, o MNDH vem de público unir-se ao clamor popular para que não só o assassino José Ramos Lopes Neto pelo brutal assassinato de Maristela Just pague pelo seu crime, mas que também o advogado Gil Teobaldo, seu pai, seja responsabilizado judicialmente por suas declarações.

FONTE: Acerto de Contas

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