Eleições 2010: a pequena política prevalece.

"É patifaria...", pra lá.

"... é vergonhosa, indecente e coisa de gente safada"... pra cá.


Essas frases não saíram da boca de nenhum candidato a vereador, de qualquer cidadezinha do interior do Brasil, mas sim de atores importantes no cenário político nacional: dos presidentes do PT e do PSDB, os dois maiores partidos do país.

Discutir divergências por conta de temas relevantes para o país é uma coisa, mas trocar farpas, com ironias e palavras grosseiras e constrangedoras, é outra. Após ouvir essas amabilidades pela CBN, fiquei constrangido, triste e preocupado: pois acredito que, como lideranças importantes que são, deveriam ter como meta a apresentação dos seus candidatos, das discussões e propostas que ambos partidos, tem para o futuro da Nação. E não da política pequena, da busca do poder pelo poder.

Digo isso por conta da frase do ideólogo italiano Antonio Gramsci, que fazia uma distinção entre a grande política e a pequena política:

“ A grande política é aquela que cuida das estruturas e discute alternativas para a sociedade, seja para transformá-la radicalmente, seja, ao contrário, para conservá-la, mas que põe sempre em questão, problemas universais, que abrangem o conjunto da sociedade.
E a pequena política é aquela política do corredor, da intriga parlamentar, que em última instância administra o existente",
conclui Gramsci.

Infelizmente estamos vivenciando na política nacional, a prevalência das intrigas, das conversas de corredor e do miúdinho.

Comentários

  1. Por isso caro amigo Jorge, vou de Marina Silva, que é quem está com um discurso mais equilibrado
    e sem maniqueísmos.

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