A gente não faz amigos, reconhece-os.


Quando decidi criar o blog diálogo de roda, não imaginei que fosse ter seguidores que notassem quando não posto nada de novo... ...alguns até reclamam. Então pra vocês: segue uma crônica que fala de amizade...

"...Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles.

Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.

Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.

Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.

E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.

Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer... "


Não tenho capacidade de expressar em palavras o que sinto. Esse texto é do poeta, compositor, diplomata e amante de tudo de bom que a vida pode proporcionar ao homem: Vínicius de Moraes.


Comentários

  1. Não precisamos reinventar a roda... apenas ter a sensibilidade que tivesse em colocar de forma tão sublime o texto de Vinícius de Moraes. Parabéns!!!

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