Soneto do amigo.

Depois de quase uma semana sem postar nada (prometo retomar o ritmo ainda esta semana), publico poema de Vinícius de Moraes sobre amigos. Reflete bem o que preciso falar para alguns dos meus camaradas/companheiros e amigos de muito tempo, mas que hoje estão distantes.

"Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica..."

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