Morte de Vladimir Herzog completa 35 anos

Alguns assuntos chatos precisam ser discutidos e lembrados. Muitas vezes é necessário mantê-los vivos, mesmo que machuquem, para que não caiam no esquecimento e voltem a se repetir na história política e social do país.

Por este motivo o blog Diálogo de Roda faz questão, não de comemorar os 35 anos da morte de "Vlado", mas sim de manter acesa, a luta pela democracia, pela memória e pela verdade.

Nesta segunda-feira, são completados 35 anos da morte do dramaturgo, professor e jornalista Vladimir Herzog.

Herzog nasceu na Croácia, mas foi naturalizado brasileiro. Ele se tornou famoso por conta de sua ligação com o movimento de resistência contra o regime no Brasil e com o Partido Comunista Brasileiro durante a ditadura militar.

Em 24 de outubro de 1975, quando ocupava o cargo de diretor de jornalismo da "TV Cultura", ele foi chamado por agentes do II Exército para depor no DOI-Codi , em São Paulo. Segundo testemunhas, ele foi torturado durante o depoimento e foi achado morto por enforcamento no dia seguinte.

Sua morte refletiu na redemocratização do país e provocou protestos na imprensa de todo o mundo. Também colaborou com a constituição dos direitos humanos na América Latina, principalmente no Brasil.

Em 2009, surgiu o Instituto Vladimir Herzog, que é responsável pelo prêmio que leva o nome do jornalista. O Prêmio Jornalistico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, que está na 32ª edição, é destinado a pessoas que promovam os direitos humanos e que estejam envolvidas com o jornalismo.

A "TV Cultura" exibirá, nesta noite, uma reportagem especial sobre pontos marcantes da vida do jornalista e a influência da sua morte na história do país.

Fonte: Blog do Sidney Rezende

Comentários

  1. Uma das minhas melhores amigas é da equipe que ganhou o premio este ano em mais de uma categoria com a série de reportagens "Infância perdida". A premiação é hj. Um orgulho danado!

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