Sonhos x Limites

Sempre busquei em toda minha vida ser coerente. Mas ultimamente percebi a dificuldade em manter, firme e inabalável, todas as minhas convicções.

Calma amigos! Não mudei, muito menos deixei de ser o Jorge que sempre conheceram. É que de um tempo pra cá venho me contradizendo. Um exemplo: sempre detestei a palavra “limite”. Aliás, sempre busquei ir além dos meus limites. Pois meus sonhos apontavam para ir além de todo e qualquer limite e condições adversas. Ou seja eu não sabia ou não dava atenção aos limites.

E agora vem a contradição: tenho me afastado e até mesmo negado alguns sonhos. Uns muito importantes e duradouros, que por motivos menores, me assustaram. Mas, felizmente, o tempo ensina e mostra como passar por cima de alguns medos.

Percebi que estava deixando pra trás uma promessa que fiz a mim mesmo: Não perder a capacidade de se indignar, de amar, de correr atrás dos sonhos, muito menos esquecer a forma apaixonada de acreditar no impossível, ou melhor, na utopia.

Quero e preciso, hoje mais do que nunca, recuperar o brilho no olhar e fazer valer meus sonhos mais fortes e sinceros. E como já disse um poeta da MPB, quero que minha certeza se faça canção. Quero levar pra quem me ouvir certezas e esperanças. Reproduzo pra vocês, uma das músicas que mais gosto do poeta Geraldo Vandré. Me anima a continuar a luta pelos meus sonhos:

Porta Estandarte

Olha que a vida tão linda se perde em tristezas assim
Desce o teu rancho cantando essa tua esperança sem fim


Deixa que a tua certeza se faça do povo a canção
Pra que teu povo cantando teu canto ele não seja em vão

Eu vou levando a minha vida enfim
Cantando e canto sim
E não cantava se não fosse assim
Levando pra quem me ouvir
Certezas e esperanças pra trocar
Por dores e tristezas que bem sei

Um dia ainda vão findar
Um dia que vem vindo
E que eu vivo pra cantar
Na avenida girando, estandarte na mão pra anunciar.

Comentários

  1. Jorginho, ser coerente é ótimo, especialmente quando se é maduro. Acho que aí, na maturidade, que se encontra a questão dos limites. E perceber e respeitar limites é sempre bom (não temos mais 16 / 18 anos...).
    Força pra manter o brilho no olhar e para lutar por um mundo melhor pra nós e pros seus filhos e netos.
    Bjs

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