Sonhos e o tempo.

"Sonhar não custa nada
O meu sonho é tão real"

Falo muito em sonhos, e falo deles com a única intenção de realizá-los. Sei que uns são loucos, improváveis e mesmo impossíveis mas os outros são mensuráveis, concretos, nítidos e possíveis. Se eu deixar os sonhos de lado, deixo de ser o que sempre fui. Se não sonhar não vivo, sobrevivo.

Também não sou louco que tem idéia fixa, sei que com o tempo, os sonhos mudam. Senão vejamos até os 10 anos de idade meu sonho se dividia entre ser cientista, astronauta, piloto e jogador de futebol. Dos 10 aos 20 anos sonhei muitas coisas, mantive o que era palpável da fase anterior e passei a sonhar outras coisas: algumas consegui realizar, outras ficaram pra depois.

Saindo da adolescência e entrando na fase adulta, entre 20 e 30 anos (é como a maioria dos homens cresci tarde), os sonhos foram na busca da afirmação das idéias, da visão de mundo. São sonhos muito mais complicados e que a gente precisa sonhar junto.

A partir dos trinta o sentimento era que é preciso estar com a cabeça nas nuvens e os pés no chão. Mantendo vivo o que sempre me moveu. Mas preciso confessar uma coisa: estou deixando de lado um sonho muito caro e importante pra mim. Um sonho que perpassou ileso, aliás, se fortaleceu ao longo de todas as fases anteriores. E não é por conta do que existe dentro do meu peito, mas por fatores externos: hoje maiores, mais fortes, poderosos e com prevalência do pessoal acima do coletivo.

Pensando melhor, hoje às vésperas de um novo momento da vida, vou manter esse sonho. Só que guardado à espera de um futuro bom.

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