Ciclos

Tod@as vocês leitor@s correntes e recorrentes do nosso Diálogo de Roda, sabem que uma das paixões que tenho são letras e músicas. Gosto de me debruçar e discutir sobre o que dizem, ao que remetem...de Noel, passando por Vinícius até Chico Buarque.  As músicas dos anos 80, o rock nacional também me interessam bastante. Renato, Cazuza, Lulu, Herbert Viana, Humberto Gessinger...tem muita coisa boa.

Mas hoje, literalmente às vésperas de iniciar mais um ciclo de vida, tenho escutado bastante as músicas de uma banda dos anos 90, e que gosto muito - "Los Hermanos".

Los Hermanos é uma banda alternativa. Em tudo. Mistura samba, rock, pop de um jeito irreverente. Camelo tem uma voz completamente diferente da maioria dos vocalistas que fazem sucesso, as músicas tem letras que fazem pensar, ritmos que provocam. Além disso o estereótipo da banda também é diferente: barbudos, irônicos e engraçados. Poetas. Falam sobre amor, sobre dor, sobre samba, sobre coisas simples. Enfim, acho massa.

Tem uma música - O velho e o moço - que quando escutei pela primeira vez não entendi, achei estranha. Escutei de novo e passei a entender: ela traz uma reflexão, utilizando a temática da velhice e da juventude, de talvez um dos maiores inimigos do homem: o tempo.

A música alterna entre a consciência do velho e do moço. Fala do conformismo, do cansaço e do saudosismo de um e do desprendimento, da impulsividade, da vontade do outro. A gente pode notar uma reflexão sobre o acaso, sobre o destino. Seja ele passado ou futuro.





 

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